uns dentros
uns entres
que em meu ventre crescem.
E a alma
o vento de sempre
indecente
penetra em mim.
E a lembrança
luz de minha alma
perece um gozo de fel
no mel de mim.
E nos mastros
nos lastros
astros espaços
céu da boca
o grito de mim.
E quero o sal
longe do mal
tão dentro
e fora de mim.
Se leio revolvem as armas
que aqueço em palavras
suaves do mel de mim.
Se escrevo nos mundos
muros do existir
bate no coração
simples fuzil
da revolução de mim.
E cuspo as lavas, as taras
que suaves deixei de mim.
E me atiro à vida
na morte do ontem
renascer de mim.
Sou deusa
sou anjo
sou carne
e viverei
das asas de mim
Photo: Plaza de Cibeles - Madrid
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